O chapéu-de-couro (Echinodorus grandiflorus) é uma das plantas aquáticas mais versáteis do Brasil. Também conhecida como chá-da-campanha, erva-do-brejo e erva-do-pântano, essa espécie nativa combina beleza ornamental, propriedades medicinais e alto potencial econômico. Além disso, desempenha papel fundamental na fitodepuração de águas e representa uma excelente oportunidade de negócio para produtores de mudas especializados em plantas aquáticas.
Origem botânica do chapéu-de-couro
O chapéu-de-couro pertence à família Alismataceae e distribui-se naturalmente desde o sul do México até o Rio Grande do Sul. Entretanto, sua ocorrência é mais abundante nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil, onde prefere áreas alagadas, margens de rios e brejos permanentes.
Características morfológicas
A espécie alcança de 1 a 2 metros de altura, com folhas coriáceas que podem atingir 40 cm de comprimento. Seus pecíolos são angulosos e estriados, suportando lâminas foliares ovadas de base cordiforme e ápice agudo. Consequentemente, a textura áspera e resistente das folhas inspirou o nome popular, lembrando o couro usado pelos vaqueiros.
As inflorescências emergem em panículas verticiladas, apresentando flores hermafroditas brancas com pétalas de 2,5 a 3,5 cm de diâmetro. Durante a floração, que ocorre principalmente no verão, a planta produz aquênios contendo uma única semente.
Diferenças entre Echinodorus grandiflorus e E. macrophyllus
Embora ambas as espécies sejam popularmente chamadas de chapéu-de-couro, existem diferenças morfológicas importantes. Echinodorus grandiflorus apresenta folhas com 11 a 13 nervuras principais e limbo foliar de 20 a 40 cm. Por outro lado, Echinodorus macrophyllus possui folhas menores (18 a 24 cm) e de 7 a 13 nervuras.
Para projetos paisagísticos, Echinodorus grandiflorus oferece porte mais imponente e maior resistência a variações hídricas. Entretanto, ambas as espécies são oficialmente reconhecidas pela Farmacopeia Brasileira para uso medicinal.
Curiosidades sobre o Chapéu-de-couro (Echinodorus grandiflorus)
- O Chapéu-de-couro serve como biomarcador natural para monitorar poluição aquática por sua capacidade de bioacumular metais pesados;
- Esta planta aquática é um dos principais ingredientes do refrigerante brasileiro Mineirinho, produzido no Rio de Janeiro desde 1946;
- Suas folhas coriáceas podem atingir até 40 cm de comprimento e 35 cm de largura, daí seu nome popular “chapéu-de-couro”;
- O Chapéu-de-couro é uma das únicas 23 plantas medicinais nativas brasileiras oficialmente incluídas na Farmacopeia Brasileira;
- É uma espécie amplamente distribuída, ocorrendo desde o México até a Argentina, com duas subespécies reconhecidas;
- As flores brancas da planta são polinizadas preferencialmente por abelhas, sendo classificada como melitófila;
- Pode reproduzir-se por pseudoviviparidade, formando mudas diretamente nas hastes florais;
- No Rio Grande do Sul, foi identificada como a espécie predominante do gênero Echinodorus, com ampla variabilidade genética;
- A planta é cultivada comercialmente como ornamental para aquários, lagos e jardins aquáticos em todo o mundo;
- É utilizada na fabricação de outros refrigerantes regionais como Mate Couro e Mate Cola no Brasil;
- Pode atingir até 2 metros de altura quando cultivada em ambiente aquático com submersão do rizoma;
- É uma das poucas plantas aquáticas brasileiras com registro de 22 patentes internacionais para uso medicinal.
Valor ecológico do Echinodorus grandiflorus
Filtração natural e fitodepuração
O sistema radicular extenso do chapéu-de-couro funciona como um filtro biológico eficiente. Suas raízes e rizomas retêm sedimentos suspensos, além de absorver nutrientes em excesso como nitrogênio e fósforo. Dessa forma, a planta contribui significativamente para melhorar a qualidade da água em lagos ornamentais e sistemas de aquaponia.
Estudos demonstram que o chapéu-de-couro pode remover até 42% dos compostos nitrogenados presentes em efluentes aquícolas. Portanto, representa uma solução sustentável para tratamento de águas residuárias, especialmente em projetos de permacultura e aquaponismo.
Biodiversidade e habitat
As touceiras densas do chapéu-de-couro proporcionam abrigo para pequenos peixes, anfíbios e invertebrados aquáticos. Além disso, suas flores atraem abelhas e outros polinizadores, aumentando a biodiversidade local. Por conseguinte, essa espécie contribui para o equilíbrio ecológico de ecossistemas aquáticos naturais e artificiais.
Aplicações ornamentais no paisagismo aquático
Design e composição visual
O chapéu-de-couro confere impacto tropical imediato a qualquer projeto paisagístico. Suas folhas largas criam contraste interessante com plantas de textura fina, como papiros e cavalinhas. Ademais, a floração vistosa adiciona pontos focais brancos que destacam-se sobre a folhagem verde-escura.

Use o chapéu-de-couro em:
- Bordas de espelhos d’água, mantendo 5 a 15 cm de lâmina sobre o rizoma;
- Canteiros de chuva e jardins de retenção;
- Aquários plantados de grande porte (mínimo 200 litros);
- Sistemas de fitodepuração residencial.
Associações vegetais harmoniosas
Para composições equilibradas, combine o chapéu-de-couro com plantas de diferentes estratos. Na mesma zona palustre, associe com Taboa, Lírio-do-brejo, Papiro Anão, Papiro Brasileiro ou sombrinha-chinesa. Nas áreas mais profundas, plante ninfeias e aguapés flutuantes. Consequentemente, essa distribuição vertical cria ambientes naturais e funcionais.
Cultivo e propagação do chapéu-de-couro
O chapéu-de-couro exige substrato rico em matéria orgânica e permanentemente encharcado. Todavia, tolera submersão até 20 cm sem comprometer o desenvolvimento. A temperatura ideal situa-se entre 20°C e 30°C, com exposição solar plena ou meia-sombra.
Para substratos comerciais, misture:
- 50% terra vegetal peneirada;
- 30% composto orgânico curtido;
- 20% areia lavada de rio.
Métodos de propagação
Divisão de touceiras: Separe rizomas com 3 a 4 brotos durante o outono. Replante mantendo espaçamento de 50 a 70 cm para cobertura rápida.
Plantulas adventícias: As inflorescências produzem mudinhas clonais que podem ser destacadas e cultivadas separadamente. Esse método garante uniformidade genética no plantel comercial.
Sementes: Quebra de dormência com tratamento térmico (38°C por 4 dias), seguido de germinação a 25°C. Embora mais demorado, permite seleção de genótipos superiores.
Manejo nutricional
Aplique fertilizante orgânico rico em nitrogênio a cada 60 dias durante a estação de crescimento. Para cultivo comercial intensivo, complemente com fertilização líquida contendo micronutrientes. Consequentemente, as plantas desenvolvem folhagem mais robusta e coloração verde-intensa.
Propriedades medicinais do chapéu-de-couro
O chapéu-de-couro contém flavonoides, taninos, saponinas, derivados do ácido o-hidroxicinâmico e heterosídeos cardiotônicos. Estudos fitoquímicos identificaram compostos como ácido caféico, isoorientina e swertiajaponina como marcadores químicos da espécie.
Atividades farmacológicas estudadas
Efeito vasodilatador: Pesquisas da Fiocruz confirmaram potente ação vasodilatadora do extrato aquoso, comparável a anti-hipertensivos convencionais. Os compostos fenólicos atuam nos receptores vasculares, promovendo relaxamento da musculatura lisa.
Atividade anti-inflamatória: Extratos ricos em flavonoides reduziram significativamente marcadores inflamatórios como TNF-α e IL-1β em ensaios in vitro. Portanto, validam o uso tradicional para artrite e reumatismo.
Propriedades diuréticas: O mecanismo de ação envolve aumento da filtração glomerular e estimulação da eliminação de ácido úrico. Dessa forma, auxilia no tratamento de gota e afecções urinárias.
Aquaponia e sistemas integrados
O chapéu-de-couro adapta-se perfeitamente a sistemas aquapônicos, absorvendo nutrientes dos dejetos de peixes. Sua capacidade de filtração beneficia tanto os vegetais quanto os animais aquáticos. Portanto, representa uma escolha ideal para projetos de agricultura urbana sustentável.
Em sistemas NFT (Nutrient Film Technique), posicione as plantas nas extremidades dos canais, onde a concentração nutricional é mais elevada. Ademais, monitore regularmente o pH da solução, mantendo-o entre 6,5 e 7,5 para otimizar a absorção de nutrientes.
Onde comprar mudas de Chapéu-de-couro (Echinodorus grandiflorus)?
As mudas de Chapéu-de-couro (Echinodorus grandiflorus) são uma excelente opção para quem busca introduzir essa espécie aquática medicinal em projetos paisagísticos, aquários ou sistemas de tratamento natural de água. Fornecemos mudas de excelente qualidade, cultivadas em condições controladas que garantem vigor, sanidade e alta taxa de sobrevivência após o transplante. Nossas mudas são produzidas com rigoroso controle fitossanitário e nutrição adequada, assegurando plantas robustas com sistema radicular bem desenvolvido.
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Considerações finais sobre o chapéu-de-couro
O chapéu-de-couro representa a possibilidade de conciliar conservação ambiental, saúde e paisagismo. Sua versatilidade como planta ornamental, medicinal e depuradora de águas atende demandas crescentes por soluções sustentáveis.
Para paisagistas, o emprego dessa cultivar permite o enriquecimento dos projetos aquáticos. Ademais, contribui para valorização da biodiversidade brasileira e preservação do conhecimento tradicional associado.
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