Capim-Elefante Anão BRS Kurumi

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A Embrapa traz uma inovação revolucionária para a agropecuária com a cultivar Capim-Elefante Anão BRS Kurumi, um marco no avanço da produção animal. Desenvolvida para sistemas de pastejo direto, essa variedade destaca-se por sua extraordinária produção de forragem e qualidades nutricionais, prometendo transformar a produção de leite e carne. Com excelentes características como touceiras semiabertas, alta relação folha/colmo, e um porte baixo que permite o pastejo, a BRS Kurumi se posiciona como uma ótima escolha para os produtores. Registrada em 2012, essa cultivar não apenas promete elevar as taxas de lotação e ganho de peso, mas também inaugura um novo capítulo na eficiência da produção pecuária a pasto no Brasil.

As características do Capim-Elefante Anão BRS Kurumi

A cultivar BRS Kurumi chama a atenção por suas notáveis características adaptativas e nutritivas, ideal para sistemas intensivos de pastoreio. Originária de um meticuloso processo de seleção genética conduzido pela Embrapa. Esta variedade anã de capim-elefante destaca-se pelo seu porte baixo, internódio curto e touceiras semiabertas, que facilitam o consumo pelos animais. Com uma impressionante capacidade de perfilhamento e um crescimento vegetativo vigoroso, a BRS Kurumi oferece uma forragem de elevada qualidade nutricional, favorecendo o desempenho na produção de leite e carne. Sua adaptação a diferentes condições edafoclimáticas brasileiras, faz dela uma alternativa forrageira promissora para a agropecuária nacional.

A cultivar apresenta rápido desenvolvimento e alta proporção folha/colmo, características que contribuem para uma dieta balanceada para o gado e reduzem a necessidade de intervenções. Recomenda-se o plantio em solos bem preparados e férteis, complementado por uma adubação adequada, que são essenciais para expressar todo o potencial produtivo da BRS Kurumi. Além disso, a implementação de práticas de manejo como o pastejo rotacionado, observando a altura de entrada e saída dos animais, maximiza a utilização da pastagem e sustenta altas taxas de lotação. Este conjunto de atributos posiciona a BRS Kurumi como uma solução para o incremento da produtividade agropecuária, promovendo um sistema de produção mais sustentável e lucrativo.

Qual é o diferencial da BRS Kurumi?

O Capim-Elefante Anão BRS Kurumi, destaca-se por suas excepcionais características e adaptabilidade a sistemas intensivos de produção animal. Diferenciando-se por seu porte anão e touceiras semiabertas, essa cultivar de Capim-Elefante permite o pastejo direto. Com um vigoroso crescimento vegetativo e intensa capacidade de perfilhamento, a BRS Kurumi promove uma pastagem rica em folhas, com internódios curtos e alta proporção folha/colmo, contribuindo para elevados índices de produção de forragem. Além de adaptável a diversas regiões brasileiras, sua produtividade e valor nutritivo tornam a BRS Kurumi uma opção vantajosa para os produtores, visando o incremento da produção de leite e carne a pasto.

O diferencial da BRS Kurumi perante outras gramíneas forrageiras reside principalmente na elevada produção de forragem de alta qualidade nutricional e palatabilidade. Com uma produção anual de matéria seca que pode chegar a 30 t/ha, superando amplamente outras opções de gramíneas, a cultivar apresenta-se como uma solução robusta e eficiente para pastagem. Seu teor proteico entre 18 a 20%, aliado a uma alta digestibilidade (68 e 70%), assegura aos animais uma nutrição de qualidade superior. A altura que a pastagem alcança (70 a 80cm) e o rápido rebrote após o corte ou pastejo otimizam a disponibilidade de alimento, enquanto sua estrutura favorece o máximo aproveitamento pelos animais.

Qual a origem da cultivar BRS Kurumi?

A cultivar BRS Kurumi foi desenvolvida pela Embrapa Gado de Leite através de uma meticulosa seleção genética. Essa inovação no campo das pastagens é fruto de um cruzamento entre a cv. Merkeron de Pinda (BAGCE 19) e a cv. Roxo (BAGCE 57). Posteriormente, as plantas hibridas resultantes foram intercruzadas, originando diversas variações, entre elas a que foi registrada em 2012 sob o nome “BRS Kurumi”.

Essa variedade é indicada para quais animais?

A cultivar BRS Kurumi é indicada para uma diversidade de animais, incluindo bovinos de leite e carne, caprinos, ovinos e até equinos. Sua rica composição nutricional e a facilidade de manejo fazem dela uma opção excelente para maximizar a produção animal, seja em quantidade de leite ou ganho de peso. Sem dúvidas, uma escolha inteligente para quem busca otimizar a alimentação de seu rebanho.

BRS Kurumi: Uma cultivar de Capim-Elefante Anão para pastejo direto

A BRS Kurumi surge como uma cultivar de Capim-Elefante Anão especificamente selecionada para o pastejo direto. Com uma estrutura de planta que privilegia uma alta proporção de folhas e menor crescimento dos colmos, esta variedade fornece uma alimentação abundante e nutritiva para os animais ao mesmo tempo que apresenta fácil manejo. Conforme os estudos da Embrapa Gado de Leite, o potencial de produção de matéria seca da BRS Kurumi oscila entre 120 e 170 kg MS/ha/dia, em condições adequadas de clima e solo. É capaz de suportar uma taxa de lotação de 4,0 a 7,0 UA/ha ao mesmo tempo que proporciona um ganho de peso que pode chegar a 700 g por animal/dia, ou até 1 kg em casos de animais especializados (raças de carne). Na produção leiteira, essa gramínea possibilita até 18-19 Litros/vaca/dia, apenas fornecendo suplementação energética.

Pastagem de BRS Kurumi
Pastagem de BRS Kurumi

A BRS Kurumi suporta o clima frio e as geadas do Sul do Brasil?

A BRS Kurumi destaca-se pela sua tolerância à baixas temperaturas, ultrapassando outras cultivares de capim-elefante e forrageiras tropicais. Em períodos de frio severo ou durante geadas, pode-se observar danos como a “queima” de folhas e perfilhos. No entanto, após o inverno, as plantas rapidamente se recuperam, emitindo novos perfilhos, e raramente há registro de perda de plantas. Essa resiliência ao frio não só amplia as possibilidades de cultivo em regiões temperadas, como é o caso do Sul do Brasil, mas também reforça sua versatilidade.

Quanto de proteína tem a BRS Kurumi?

A BRS Kurumi é notável não apenas por sua palatabilidade e digestibilidade, mas também por oferecer teores de proteína bruta entre 18 e 20%, marcas excepcionais para uma gramínea. Esta característica ressalta o seu valor nutricional, contribuindo significativamente para dietas de alta qualidade baseadas em pasto.

Plantio do Capim-Elefante BRS Kurumi

A formação de uma pastagem de BRS Kurumi requer um preparo atencioso do terreno, iniciando-se muito antes do plantio propriamente dito. É essencial selecionar um local com solo rico em nutrientes, profundo e bem drenado. É aconselhável evitar áreas previamente cultivadas com Brachiaria, devido ao reservatório de sementes no solo e à competição que essa espécie pode impor à BRS Kurumi.

Quais são as exigências de clima e solo?

Para que a pastagem de BRS Kurumi desenvolva-se ao máximo, necessita de condições climáticas e de solo bem definidas. Perfeita para os climas tropicais, típicos do Bioma Mata Atlântica, essa variedade demanda solo rico, profundo e com excelente drenagem. É essencial que o solo mantenha a umidade adequada sem encharcar. Com a observância desses critérios, aliada a um manejo e fertilização apropriados, a pastagem de BRS Kurumi pode atingir seu máximo desempenho produtivo.

Como devo preparar o solo para o cultivo do capim-elefante?

Antes da implantação da pastagem de BRS Kurumi, o solo deve passar por uma mecanização, visando a descompactação e eliminação de torrões. Dependendo das características do solo e das condições regionais, o número de arações e gradagens será ajustado. A análise química do solo orientará a realização da calagem, essencial para neutralizar o alumínio e fornecer cálcio e magnésio. O objetivo deve ser uma saturação por base de 50-60% ou um pH de 5,5 no sul do país. Paralelamente, a adubação fosfatada é essencial e deve ser aplicada diretamente no sulco de plantio, de acordo com os resultados da análise de solo, assegurando assim a base nutricional para o pleno desenvolvimento da pastagem.

Como plantar o capim BRS Kurumi?

O plantio da BRS Kurumi é realizado em sulcos com 20 cm de profundidade, adotando espaçamentos que variam entre 50 e 80 cm. Tais espaçamentos influenciam diretamente no tempo de fechamento das entrelinhas e na quantidade de mudas necessárias. Alternativamente, o plantio pode ser feito em covas, utilizando estacas ou mudas com um espaçamento de 50 x 50 cm, o que eleva significativamente o rendimento das mudas. Esse método proporciona uma flexibilidade no manejo e adaptação às necessidades específicas de cada produtor, facilitando a implantação da pastagem em terrenos acidentados.

Qual a melhor época para plantar essa cultivar?

O início das chuvas sinaliza o momento ideal para plantar a BRS Kurumi. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o plantio é recomendado de meados de novembro a meados de janeiro. Já no Sul do país, a época mais propícia para o plantio é na primavera, aproveitando o clima favorável para o desenvolvimento inicial da cultivar.

São necessárias quantas mudas de BRS Kurumi por hectare?

Por ter hastes curtas, a BRS Kurumi tem um baixo rendimento em mudas (gemas). Por exemplo, um hectare desse capim rende colmos para plantar entre 3 a 4 hectares (no sistema de sulcos). Uma alternativa mais econômica, em termos de mudas, é o plantio em covas, com espaçamento de 50 x 50 cm, demandando cerca de 40 mil mudas (gemas) de BRS Kurumi por hectare.

Qual é o tempo de formação da pastagem?

A BRS Kurumi se estabelece rapidamente pois o seu plantio se dá por meio de estacas (colmos). Em condições ideais de plantio, o primeiro pastejo, também conhecido como pastejo de uniformização, pode ocorrer entre 40 e 50 dias após o plantio, evidenciando o rápido desenvolvimento da cultivar.

Quanto produz um hectare de BRS Kurumi?

De acordo com estudos realizados pela Embrapa Gado de Leite, um hectare de BRS Kurumi pode produzir entre 25 e 30 toneladas de matéria seca anualmente. Esse volume expressivo destaca o potencial produtivo da cultivar.

Como deve ser manejada esta cultivar de capim-elefante?

Para aproveitar o máximo potencial do capim Kurumi, a Embrapa recomenda o uso do sistema de lotação rotacionada. Esse método sugere que os animais iniciem o pastejo quando a forragem atingir uma altura de 75 a 80 cm. Posteriormente, os animais devem ser retirados retirando quando a pastagem for rebaixada para 35-40 cm. Com uma gestão correta e chuva regular, incluindo adubação de cobertura após cada ciclo de pastejo, o intervalo de descanso e recuperação do piquete pode ser de aproximadamente 22 dias.

Insetos, pragas e plantas daninhas

A BRS Kurumi, embora destacada por sua robustez e produtividade, não está imune aos impactos causados por insetos e ervas daninhas. Especificamente, a cigarrinha-das-pastagens emerge como uma ameaça significativa, com espécies como Notozulia entreriana, Deois schach, Mahanarva fimbriolata e M. spectabilis frequentemente relatadas, podendo, em casos severos, levar à morte da planta. Este problema é agravado em áreas de plantio da cana-de-açúcar e/ou milho. Apesar disso, observa-se uma tolerância relativamente boa à cigarrinha no Sul, superior à da cultivar Mott.

Sobre as plantas daninhas, o manejo adequado é de fundamental importância, especialmente durante a fase inicial de crescimento da BRS Kurumi. É nesse período que as invasoras representam uma preocupação maior, por competirem com a cultura. Técnicas mecânicas de capina, herbicidas e um espaçamento reduzido entre linhas são estratégias que podem ser utilizadas para mitigar esse impacto, facilitando o estabelecimento da pastagem e inibindo o crescimento de invasoras.

Considerações finais sobre o Capim-Elefante Anão BRS Kurumi

O capim-elefante anão BRS Kurumi, com seu rápido estabelecimento e densa produção de forragem de alta qualidade, se apresenta como uma opção inovadora para a pecuária brasileira. Graças à sua capacidade de produzir até 30 toneladas de matéria seca de alto valor nutritivo por hectare ao ano, esta cultivar fornece uma fonte de alimento eficiente para o gado. Com técnicas adequadas, que inclui o manejo correto de pragas, plantas daninhas, adubação e pastejo rotacionado, os produtores podem maximizar os benefícios dessa forrageira, promovendo uma produção pecuária mais sustentável e lucrativa.

Além de oferecer uma forragem rica em proteínas e de fácil digestão para os animais, a BRS Kurumi destaca-se por sua adaptabilidade a diferentes condições climáticas e de solo, mostrando particular tolerância ao clima gelado do sul do Brasil. Isso, somado ao seu porte anão e à elevada proporção folha/colmo, torna a BRS Kurumi uma alternativa interessante para a intensificação da produção de leite e carne a pasto, contribuindo com o avanço da agropecuária nacional.

Já conhecia essa opção de pastagem? Deixe o seu comentário a seguir.

Publicado por Saty Jardim em / Atualizado em 15 de abril de 2024

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